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O que Habacuque nos ensina sobre o coronavírus?

Leitura recomendada sobre o tema:

O livro de Habacuque levanta questionamentos importantes, que muitos de nós temos diariamente, principalmente diante da situação atual enfrentada pelo mundo em razão da pandemia do coronavírus (covid-19).

  • Por que Deus permite o sofrimento e injustiça?
  • Por que os justos sofrem?
  • Por que Deus está distante?

Embora Ele não tenha respondido com tanta clareza esses porquês, Deus trouxe esperança ao coração do profeta Habacuque. Viva pela fé, que eu sei o que estou fazendo, disse o Senhor. Eu ainda estou no trono do universo.

A visão da soberania de Deus fez muito bem a Habacuque (Capítulo 2). Na verdade, a Palavra de Deus tem esse poder restaurador. Muitas vezes, não entendemos o seu julgamento ou porque Ele traz aflição em nossas vidas.

Mas quando o conhecemos, quando entendemos que Ele tem o controle sobre todas as coisas, isso precisa acalmar nosso coração. É por essa razão que Habacuque era capaz de se alegrar e louvar ao SENHOR, mesmo com o julgamento que estava por vir sobre Judá.

Habacuque, ao ouvir a Palavra do Senhor, foi do questionamento à esperança, da dúvida à fé, e isso o fez criar uma linda oração. O capítulo final do livro de Habacuque é uma oração que louva o SENHOR em meio à crise. 

A grande ideia por trás da oração de Habacuque é mostrar que Deus é grande, poderoso e soberano, que controla e guia a história para um fim já estabelecido por ele, no qual o seu nome será glorificado, e em seus planos eternos, Ele quer e vai salvar o seu povo.

A ORAÇÃO DO PROFETA

“Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia” (Habacuque 3:2).

Deus havia acabado de revelar para Habacuque o seu plano de disciplina e juízo. Disciplina sobre Judá e juízo sobre os Caldeus. A última frase revelada por Deus após esta sentença foi: “O Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda terra.” (Habacuque 2:20). 

É interessante observar que diante da resposta de Deus, o profeta passa a orar ao Senhor e ao invés de discutir ou questionar (como havia feito antes, no Capítulo 1). Ele ficou literalmente com medo. Ele ficou “alarmado”. Ele ficou assombrado com o Poder de Deus e com os planos de Deus. Então ele levanta dois clamores ao Senhor: 

  1. aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida;
  2. na tua ira, lembra-te da misericórdia;

O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de “preservar” ou “manter vivo”.

Em seu primeiro pedido, Habacuque está clamando pela preservação de seu povo (os justos, que vivem pela fé). Ou seja, o pedido do profeta é que, durante os anos, durante a disciplina e o juízo, que Deus revigore o seu povo, que os mantenha vivos, que repita, ainda naqueles dias, a obra salvadora em favor do seu povo. O interessante é que Habacuque não pede o livramento da disciplina, do sofrimento, da batalha, da crise que estava prestes a acontecer. Ele simplesmente pede que Deus não os destrua totalmente, mas que os mantenha vivos, que os renovem.

Essa também deve ser a nossa oração em meio a pandemia do coronavírus. Que Deus faça de novo. Que Deus faça novamente a sua obra salvadora conhecida. E que, durante a sua ira, durante o período de crise, durante a pandemia, Ele se lembre da sua misericórdia e não nos destrua completamente.

O CONHECIMENTO DA GLÓRIA E DO PODER SOBERANO DE DEUS

Após essa breve oração, o profeta muda o tom. Ele deixa de fazer pedidos a Deus, e passa descrever Deus. É como se ele estivesse tendo uma visão da vinda do Senhor. Ele vê o Senhor vindo como um guerreiro soberano, cheio de poder e glória, para salvar o seu povo.

Uma visão da glória de Deus, em meio à crise:

“Deus vem de Temã, e do monte Parã vem o Santo. A sua glória cobre os céus, e a terra se enche do seu louvor. O seu resplendor é como a luz, raios brilham da sua mão; e ali está velado o seu poder. Adiante dele vai a peste, e a pestilência segue os seus passos. Ele para e faz tremer a terra; olha e sacode as nações. Esmigalham-se os montes primitivos; os outeiros eternos se abatem. Os caminhos de Deus são eternos. Vejo as tendas de Cusã em aflição; os acampamentos da terra de Midiã tremem.” (Habacuque 3:3-7).

Alguns estudiosos acreditam que Habacuque estava tendo uma visão futura da vinda de Deus, uma teofania, outros, que ele estaria apenas relembrando as grandiosas obras de Deus já praticadas em favor do seu povo no passado. Sinceramente, acredito que o Profeta está fazendo as duas coisas. Ele está se lembrando do que Deus fez na história, no passado, e está vendo que, de igual modo, ele vai fazer isso novamente no futuro. É como se o profeta estivesse fazendo um link entre passado e futuro, como uma forma de trazer conforto e alívio para o presente.

Reparem como Habacuque está rememorando a marcha de Israel do Sinai para a Terra Prometida. Foi naquele tempo que Deus veio a seu povo e realizou obras poderosas e gloriosas. Você se lembra da História? Deus, depois que libertou seu povo da escravidão do Egito, os fez acampar ao redor do monte Sinai, e naquele monte, ele desceu em glória. Houve trovões e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e sons de trombeta, de maneira que todo o povo que estava no arraial se estremeceu. (Êxodo 19:16).

Habacuque observa, ainda, que diante de Deus vem a peste, e a pestilência segue os seus passos. Talvez Habacuque estivesse se recordando do castigo que Deus trouxe sobre o Egito, por meio das pragas (Êxodo 9:14). 

Habacuque diz que Deus faz tremer a terra e sacode as nações, esmigalhando os montes primitivos. Ou seja, aqueles montes antigos, altos, que parecem que vão durar para sempre. Deus os esmigalha. O Egito poderia ser representado aqui como um desses montes, um povo grande e forte, que parecia indestrutível, e Deus os esmigalhou. Vendo isso, os povos vizinhos ficaram aflitos e tremeram de medo (as tendas de Cusã e os acampamentos de Midiã)… vemos isso em Êxodo 15:14-16.

Habacuque então está vendo Deus vindo, assim como ele já havia feito antes. Com poder e grande glória. Para destruir a nação babilônica, como fez no passado com as nações rebeldes. Quando Deus libertou o seu povo do Egito, Ele demonstrou Seu poder incrível sobre as nações. Esse é o nosso Deus.

Quem é Deus para você? Qual é o tamanho do Deus que você serve? É um Deus grande e poderoso que está no controle de absolutamente tudo, ou um Deus pequeno e distante, que deixou o mundo seguir seu curso sozinho, e que fica vendo tudo de longe, sem se meter?

Ainda que o mundo esteja vendo somente a peste e a pestilência, quando olhamos para a crise provocada com a chegada do Cobid-19, não é para o vírus que devemos olhar, mas para Deus, o todo poderoso, pois Ele está vindo. Essa visão de Deus deve nos confortar.

Uma visão da soberania de Deus em meio à crise:

“Acaso, é contra os rios, SENHOR, que estás irado? É contra os ribeiros a tua ira ou contra o mar, o teu furor, já que andas montado nos teus cavalos, nos teus carros de vitória? Tiras a descoberto o teu arco, e farta está a tua aljava de flechas. Tu fendes a terra com rios. Os montes te vêem e se contorcem; passam torrentes de água; as profundezas do mar fazem ouvir a sua voz e levantam bem alto as suas mãos. O sol e a lua param nas suas moradas, ao resplandecer a luz das tuas flechas sibilantes, ao fulgor do relâmpago da tua lança. Na tua indignação, marchas pela terra, na tua ira, calcas aos pés as nações. Tu sais para salvamento do teu povo, para salvar o teu ungido; feres o telhado da casa do perverso e lhe descobres de todo o fundamento. Traspassas a cabeça dos guerreiros do inimigo com as suas próprias lanças, os quais, como tempestade, avançam para me destruir; regozijam-se, como se estivessem para devorar o pobre às ocultas. Marchas com os teus cavalos pelo mar, pela massa de grandes águas.” (Habacuque 3:8-15)

Na visão que Habacuque está tendo de Deus, ele se pergunta se Deus estava irado contra os rios. Será que é contra os rios que Deus está irado? Novamente Habacuque se lembra dos grandes feitos de Deus na história. Deus feriu as águas do Egito, seus rios, seus canais, suas lagoas e seus reservatórios (Êxodo 7:19-20). Deus também feriu o mar vermelho e o separou para que seu povo passasse, durante a libertação do povo da escravidão do Egito (Êxodo 14:26-31). Deus também feriu o rio Jordão, fazendo-o parar de correr, para que seu povo o atravessasse em terra seca (Josué 3:14-17). Ele estava com raiva dos rios ao fazer isso? Não! Ele estava usando seu poder sobre a natureza para salvar o seu povo. Ele estava andando sobre as águas com seus cavalos e com seu carro de vitória. Ele usa suas flechas para abrir rios e mares a fim de trazer salvação a seu povo.

Habacuque ainda fala do sol e da lua que param diante da presença de Deus. Certamente uma lembrança do que Deus havia feito a seu povo, quando fez o sol e a lua pararem, no dia em que os filhos de Israel lutaram contra os amorreus. E o texto fala que o SENHOR pelejava por Israel (Josué 10:12-14).

Esse é o nosso Senhor, um Deus poderoso que exerce seu domínio sobre as nações, sobre a natureza e sobre todo o universo, em favor do seu povo.

Habacuque vê claramente a imagem de um guerreiro, que sai para a batalha para salvar seu povo. O profeta parece relembrar a vitória de Deus sobre o Egito. Deus feriu a cabeça daquela nação, ao trazer todas aquelas pragas e, finalmente, ao matar o primogênito do Faraó. (Êxodo 12:12). Deus fez isso para salvar e libertar seu povo, do qual sairia o seu ungido, Jesus Cristo (Salmos 132:10-12). A passagem do povo pelo mar vermelho também pode ser observada aqui.

Habacuque claramente está tendo uma visão de que o Senhor é o Deus da glória, o todo poderoso, que revela sua soberania na criação e na história. Ele é o Deus vivo que faz com que os ídolos mortos das nações pareçam ridículos. Ele é o Deus de poder que pode comandar o céu, a terra e o mar, e tudo o que neles há. Ele é o Deus da vitória que, embora traga disciplina sobre seu povo, faz com que eles prevaleçam diante dos inimigos. 

Habacuque só foi capaz de tirar os olhos dos problemas quando contemplou a grandeza de Deus. Onde estão teus olhos hoje, no medo da infecção? No pavor, muitas vezes provocados pela mídia? Ou em Deus que tem tudo sob o seu controle?

Como disse o profeta: “Os caminhos de Deus são eternos”. Seus movimentos, quer de juízo ou de redenção, são de caráter imutável. Deus não muda meus irmãos, ele ainda é o nosso guerreiro, aquele que luta as nossas batalhas e que controla a história humana a fim de conduzir o seu povo à salvação eterna. 

Uma das melhores formas de ser encorajado, principalmente nesses momentos de quarentena, de pandemia, é relembrar os feitos gloriosos de Deus no passado. Mas isso só tem valor se crermos que ele pode repeti-los no presente e no futuro.

O profeta consegue compreender a disciplina de Deus sobre Judá quando tem uma visão mais à frente, para o momento em que Deus fará com que a justiça prevaleça, baseado naquilo que Deus já havia feito no passado. A visão de Deus, do que ele fez, faz e fará, é o melhor combustível para fortalecer a nossa fé.

Assim como Habacuque, precisamos olhar para o que Deus já fez pelo seu povo. Jesus já morreu para nos redimir, já comprou a sua igreja com seu sangue, já nos livrou das trevas e já nos transportou para o seu reino de Luz (Colossenses 1:13). E, ainda que estejamos, neste momento, passando por dificuldades, lutas, tribulações, dores, pandemias, vírus etc., Jesus continua sendo o nosso guerreiro. E certamente ele virá, novamente, para nos salvar de modo definitivo e eterno:

A MUDANÇA QUE O CONHECIMENTO DE DEUS CAUSA NO HOMEM

“Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos acomete. Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente.” (Habacuque 3:16-19).

Habacuque, ao ter essa visão gloriosa e poderosa de Deus, de tudo o que Deus já fez em favor do seu povo, tremeu. Literalmente ele teve frio na barriga. Seus lábios tremeram, suas pernas vacilaram e ele cai de Joelhos diante da grandiosidade desse Deus.

Embora a glória e o Poder de Deus se manifestem sobre os seus filhos envolto em graça, quem o contempla se vê pequenino, tem o seu orgulho e planos reduzidos a pó, passa a ver e perceber seu pecado – podridão nos ossos – e compreende a enorme diferença entre o Criador e a criatura. 

Quando estamos diante do Senhor, e o vemos como ele é, não há outra reação senão cair de joelhos. Quando Moisés e Josué contemplaram o santo precisaram tirar as sandálias (Êxodo 3.5; Josué 5:13-15). De modo semelhante, Ezequiel quando viu a glória do Senhor, prostrou-se (Ezequiel 1:28b). O mesmo aconteceu com Pedro (Lucas 5:8) e João (Apocalipse 1:17).

Ao ter essa visão de quem é Deus, Habacuque diz que vai esperar no Senhor. Esse é um dos sinais de quem “vive pela fé”: a disposição de esperar pacientemente enquanto o Senhor realiza a sua obra. “Os que esperam no Senhor jamais serão envergonhados” (Isaías 49.23b). 

Habacuque declara também sua alegria no Senhor. Essa alegria não era determinada pela presença dos bens ou a ausência deles. Sua alegria estava no Altíssimo. Deus é a fonte inesgotável e infinita de toda alegria. Ele sabia que depois da disciplina dos babilônios contra Judá, não restaria muita coisa de valor. Eles certamente destruiriam as construções, saqueariam os tesouros e devastariam as lavouras e os pomares, matariam os animais (Habacuque 2). 

Todavia, Deus ainda estaria assentado em seu trono, cumprindo os propósitos divinos para seu povo. Habacuque poderia não se alegrar em suas circunstâncias, mas certamente ele se alegrava em seu Deus! 

As palavras de Habacuque nos lembram das admoestações de Paulo para os cristãos de hoje: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Filipenses 4:4). O profeta descobriu que Deus era sua força (Habacuque 3:19) e também seu cântico e sua salvação, logo, não precisava temer coisa alguma.

Warren Wiersbe comentando esse texto, diz que uma coisa é “assobiar no escuro” para tentar animar nossa coragem e outra bem diferente é cantar sobre o Deus eterno que nunca falha. Apesar de seus lábios estarem tremendo e suas pernas vacilando (Habacuque 3:16), o profeta irrompeu em cânticos e adorou a Deus. 

“Confiarei no Senhor” (v. 19). Por causa de sua fé no Senhor, o profeta Habacuque pôde ficar em pé e caminhar a passos firmes como uma corça.

Essa também deve ser a nossa oração: confiarei no Senhor. Ainda que o coronavírus cause um abalo econômico mundial, e provavelmente causará; ainda que esse vírus nos faça perder o emprego, e muitos perderão; ainda que venhamos a morrer dessa terrível doença, e muitos morrerão, ainda assim confiaremos no Senhor.

Vamos em frente, caminhando, firmes, na certeza de que Deus está no controle de tudo, e que Ele é por nós, sempre. Ele sabe o que fazer, e tudo o que ele faz coopera para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Romanos 8:28). 

Reconheça que a obra é de Deus, por isso precisamos sempre permanecer no temor de Deus. Ainda que não entendamos os seus caminhos e os seus planos, ele continua sendo o Deus que está sentado no seu trono, reinando e trabalhando, e ele continua no controle e ele continua trabalhando em nosso favor. 

Às vezes, como Habacuque, não entendemos por que Deus faz as coisas do jeito que faz. Mas nunca podemos esquecer: Deus está no controle. Deus está trabalhando. Pare com a murmuração. Troque seus questionamentos por louvores. Adore ao Senhor, confie e espere nele. 

Pare de olhar para sua situação. Olhe para o Deus poderoso ao qual você serve. Olhe para o que Ele já fez pelo seu povo. Olhe para o que ele prometeu que fará pelo seu povo. Confie nele. Uma pessoa que vive pela fé pode até passar por períodos de medo, isso é normal, mas esse medo se transforma em confiança quando você sabe quem Deus é, e sabe que Ele está trabalhando.

Continue confiando em Deus a despeito de qualquer calamidade que possa acontecer a você, a seus familiares, a seu país ou ao mundo. Deus está no controle.

O livro do profeta Habacuque nos ensina a encarar a pandemia do coronavírus com honestidade, levando nossos medos e angústias humildemente ao Senhor, e então adorá-lo a despeito do que estamos pensando, sentindo ou vendo.

Jamais devemos esquecer que Deus nem sempre muda as circunstâncias, mas pode nos transformar para enfrentarmos as situações mais difíceis.

Isso é viver pela fé. 

4 comments

  1. Jorge F 7 agosto, 2021 at 03:09 Responder

    E que, durante a sua ira, durante o período de crise, durante a pandemia, Ele se lembre da sua misericórdia e não nos destrua completamente.

    Essa frase acima é alguma brincadeira?
    Quando pensa que já viu de tudo e aparece essa de ira e covid.
    Deus é amor ou ira? Bem que o provérbio na na própria bíblia diz para adquirir conhecimento e ser prudente e que o simples acredita em qualquer coisa. Jó falou um monte de coisas e quem foi repreendidos foram os amigos dele.
    Vós julgais segundo a carne eu a ninguém julgo (?).

    • teoadmin 26 agosto, 2021 at 08:55 Responder

      Olá Jorge, obrigado por seu comentário. Sim, Deus é amor, e o texto, em momento algum, questiona isso. Pelo contrário, o texto apenas nos lembra que Deus, em amor, muitas vezes traz juízo (guerras, calamidades, doenças, etc) sobre seu povo, a fim de tratar sua alma orgulhosa e seus pecados (Hc 2). Assim como Ele fez com o povo no tempo de Habacuque. Outro propósito do texto é lembrar que Deus é soberano, e que nada foge de seu controle, nem mesmo o coronavírus. Deus continua assentado sobre seu trono, controlando e cuidando de tudo (inclusive da pandemia), por isso toda terra deve se calar diante dele (HC 2:20). E é nesse sentido que o profeta Habacuque (não eu) orou pedindo “na tua ira lembra-te da misericórdia” (Hb 3:2). Eu apenas me utilizei da mesma oração de Habacuque pedindo que, nos tempos de ira (guerras, calamidades, doenças, etc – coisas sobre as quais Deus é soberano e tem total controle), Ele se lembre de sua misericórdia. E pode ter certeza, Ele se lembra e continua sendo misericordioso. Não fosse sua misericórdia, que se renova sobre nós todos os dias, nós, eu e você, já teríamos sido consumidos (Lm 3:22). E lembre-se, Deus é amor, mas sim, também é ira. E nós, os que temos crido, é que entramos no seu repouso (Hb 4:3). Nós, os que cremos, é que não fomos destinados para sua ira (1 Ts 5:9). Os demais – aqueles que não creem – permanecem debaixo de Sua ira, e amontoam para si ira, para o dia da ira e da manifestação do juízo de Deus (Rm 2:5). A ira de Deus virá sobre os filhos da desobediência (Cl 3:6). E esse dia está cada vez mais próximo (Ap 6:17). O que crê não é condenado, mas o que não crê já está condenado (Jo 3:18). Espero que isso esclareça as coisas. Fique na paz de Deus e no descanso que há em Cristo Jesus!

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