Respondendo ao coronavírus
O que cristãos sábios e fiéis podem fazer diante do coronavírus (COVID-19)? Cinco princípios bíblicos podem nos ajudar.
Primeiro, confie em Deus.
O salmo 91.1-3 diz: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio’. Pois ele livrará você do laço do passarinheiro e da peste perniciosa” (NAA).
Isso garante que nenhum cristão vai ficar doente? Não. Mas nos garante que Deus está no controle, e se padecermos de enfermidade, é porque é o melhor para nós. Como Romanos 8.28 diz, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.
Segundo, não tema.
Manter as coisas em perspectiva ajuda a reduzir o temor. O COVID-19 é um risco grave, mas convivemos com outros no dia a dia. Anualmente, cerca de 37 mil americanos morrem de gripe e cerca de 38 mil em acidentes de trânsito. É provável que o coronavírus, como a maioria das epidemias, chegue ao pico e caia em semanas ou meses e, portanto, é improvável que ele mate tantos americanos, e muito menos a cada ano.
Deus disse a Josué: “Seja forte e corajoso! Não tenha medo, nem fique assustado, porque o Senhor, seu Deus, estará com você por onde quer que você andar” (Josué 1.9, NAA). Quando os discípulos viram Jesus andando sobre as águas, temeram, e ele lhes respondeu: “Sou eu. Não tenham medo!” (João 6.20). Por quê? Em ambos os casos, porque Deus estava com eles.
O mandamento repetido com mais frequência na Bíblia é “Não tenham medo” ou “Não temam”. Mesmo diante do mais grave perigo, os cristãos não devem temer, pois Deus está conosco.
Terceiro, seja prudente.
Provérbios 22.3 e 27.12 dizem: “O prudente vê o mal e se esconde; mas os ingênuos seguem em frente e sofrem as consequências” (NAA).
A prudência pode ser difícil. Ela exige atenção não apenas para um perigo, mas para muitos, incluindo as consequências acidentais de nossas soluções. Tanto quanto possível, devemos evitar medidas drásticas que arruínam empregos e portanto causam pobreza, que podem representar riscos ainda maiores que o COVID-19. No entanto, muitas recomendações para frear a sua disseminação são bem-vindas, como:
- Lavar as mãos com frequência e de forma completa com sabão, evitando tocar no rosto;
- Cobrir a boca e nariz com lenço quando tossir ou espirrar;
- Reduzir ao mínimo o contato pessoal com pessoas que não sejam da nossa família, bem como com algum familiar que sabemos ter sido infectado;
- Evitar reuniões com grandes grupos, mas praticar o “distanciamento social” caso tivermos de frequentar alguma (mantendo pelo menos uma distância de 1 a 3 metros, sem aperto de mãos ou abraços);
- Ficar em casa se estiver doente, e se alguém da família testar positivo para o coronavírus, manter toda a família em casa.
Quarto, submeta-se às autoridades governamentais.
Os cristãos são obrigados, pela Escritura (Romanos 13.1), a obedecer às autoridades civis a menos que elas nos obriguem a desobedecer a Deus. Por isso devemos, exceto nestes casos, obedecer às ordens dadas como parte dos esforços do governo para frear a disseminação do coronavírus.
Quinto, ore e trabalhe por reavivamento.
2 Crônicas 7.13-4 diz: “Se eu fechar o céu de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo, se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”.
Doenças nem sempre indicam o juízo de Deus — às vezes, elas têm um propósito inteiramente diferente e indicam um grande elogio à integridade de uma pessoa, como no caso de Jó. Contudo, Deus frequentemente envia doenças, como castigo e punição, sobre indivíduos, famílias e nações. Diante disso, devemos investir tempo em oração sincera, pedindo a Deus para revelar como pecamos e para nos capacitar a mudar. Devemos orar por nossos vizinhos, amigos e concidadãos e compartilhar o evangelho com eles; por nossos governantes, para terem sabedoria e humildade; e pelos profissionais de saúde, enquanto cuidam de um grande número de pessoas em circunstâncias difíceis.
Por: Dr. E. Calvin Beisner
Fonte: Cornwall Alliance, Responding to Coronavirus.
Publicado em português pela Monergismo.
Tradução de Leonardo Bruno Galdino.