Leitura recomendada sobre o tema:

Em 1977, Mel Brooks lançou uma comédia intitulada Alta Ansiedade. Embora Brooks tenha desempenhado o papel principal, o filme não foi tão bem quanto o esperado. Por quê? Em 1977, as pessoas não acharam a ansiedade engraçada… elas ainda não acham.

De fato, “Alta Ansiedade” é provavelmente um bom nome para o que estamos passando hoje. É um momento assustador. Não só estamos no meio de uma pandemia mundial, mas também fechamos, de propósito, a economia. Como resultado, muitos estão desempregados e outros em breve podem estar. Acrescente a essa mistura a ansiedade do isolamento associada à necessidade de distanciamento social, e pode-se argumentar que estamos colocando a sociedade em risco de estresse crônico, tanto psicológica quanto fisicamente. Como escreve um autor, “o desafio é que a ansiedade se tornou tão contagiosa quanto a COVID-19”.

No entanto, eu sugeriria que algo muito mais significativo está acontecendo aqui do que uma pandemia médica. Um dos pilares fundamentais de nossa cultura secular atual está sendo exposto. Essa ideia está incorporada na última estrofe do poema Invictus, de William Ernest Henley:

Não importa quão estreito o portão
Quão carregado de punições o pergaminho
Eu sou o mestre me meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

Acreditamos que estamos no controle, os donos do nosso próprio destino. Então, um evento como esse aparece e, como sociedade, devemos confessar que não temos controle sobre nossas circunstâncias atuais. Na melhor das hipóteses, só podemos controlar nossas reações à situação em que nos encontramos.

Embora isso geralmente aconteça aos indivíduos devido à perda de um ente querido ou ao diagnóstico de uma doença incurável, não consigo pensar em um exemplo na minha vida em que isso tenha acontecido em uma escala tão grande.

Uma resposta cristã à ansiedade

Como cristãos, como devemos ver isso? O apóstolo Tiago fala exatamente sobre esse assunto:

Ouçam agora, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro”. Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”. Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna. (Tiago 4:13-16)

Devemos abraçar uma das pedras angulares da cosmovisão cristã, Deus está no controle de todas as coisas e está trabalhando em tudo de acordo com o Seu plano para o nosso bem e para sua glória. (Romanos 8:28; Tiago 1:2-4). Isso não significa que somos passivos. Buscamos ativamente a vontade de Deus em tudo o que fazemos e diligentemente nos esforçamos para cumprir o chamado de Deus em nossas vidas para trazer mais florescimento à Sua criação. No entanto, devemos manter esses planos soltos, estando preparados para alterá-los, dependendo das circunstâncias.

No “Sermão da Montanha”, Jesus nos diz para não ficarmos ansiosos por nossas vidas (Mateus 6:25-34). Então ele nos diz como realizar esse feito aparentemente impossível: “…Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça”.

O problema com os homens na história de Tiago não é o que eles estão fazendo; é por isso.

Espero que alguns de vocês cantem In Christ Alone (Só em Jesus) esta semana. Stuart Townend termina o primeiro verso com estas linhas:

O meu temor fazes cessar
Consolador, meu Tudo és,
Em teu amor descansarei

Nós o amamos porque ele nos amou primeiro (1 João 4:19). Permanecer no amor de Cristo é a fonte de toda a motivação que precisamos para fazer o que Ele nos chamou. Isso nos torna uma parte interdependente do que Deus está fazendo no mundo.

Nosso Chamado à Ação

A pandemia do COVID-19 nos deu uma excelente oportunidade para fazer duas coisas.

Primeiro, examinar nossas próprias vidas. O que realmente está motivando nosso comportamento, qual é a razão do nosso esforço? Ídolos como sucesso, riqueza ou significado se tornaram o foco de nossas vidas?
Segundo, nunca houve um momento melhor para compartilhar o único antídoto real ao medo e à ansiedade que ele traz, permanecendo no amor de Cristo.

Meu amigo Randy Newman disse uma vez: “Nunca perca a oportunidade de ter uma conversa significativa”. Nós temos a oportunidade, o que vamos fazer com ela?

Por: Hugh Whelchel
Fonte: https://tifwe.org/faith-in-a-time-of-high-anxiety/

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