Assim, aquele que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus. (Lucas 1.26-28)

Quanto mais tempo Maria passava com o anjo Gabriel, mais ela compreendia sobre seu exclusivo papel, traçado pelo dedo do Criador na história que Ele mesmo desenhou. Ela havia sido escolhida soberana e graciosamente por Deus para virginalmente dar à luz a Jesus e então educá-lO segundo as Escrituras, que a orientava e nos orienta:

Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões (Deuteronômio 6.5-9).

Maria, então, assimilava as verdades sobre seu filho como anunciadas pelo anjo. Jesus era excepcionalmente único. Mas quão único?

Santo. Esta palavra pode ser entendida de duas formas diferentes. A primeira (1), como alguém totalmente puro, sem pecado. A segunda (2), como alguém separado para uma tarefa específica e divina. Ainda que os eruditos bíblicos não se harmonizem quanto ao significado neste contexto, é verdade que ambas as interpretações estão corretas sobre o filho de Maria. Jesus é tanto alguém sem pecado, como alguém separado para uma tarefa específica e divina dada pelo Pai. Confirme isso nas próprias palavras de Jesus e veja por qual razão Ele veio:

“Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir” (Mateus 5.17).

“O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (João 10.10).

“Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo” (João 12.47).

Filho de Deus. Para os conhecedores do Antigo Testamento, em especial os judeus, esta expressão é extraordinariamente rica em significado. Ela conecta Jesus às antigas promessas e revela a essência (natureza) do filho de Maria. Em outras palavras, ainda que soe repetitivo, o anjo não se cansava de afirmar: “seu filho, Maria, é o Messias!”

Por causa de quem Jesus era (e ainda é), João Batista podia chamá-lo de cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). No verdadeiro significado do Natal, celebramos o caráter santo de Jesus, que não cometeu pecado (Hebreus 4.15), mas humildemente se fez maldito na cruz (Gálatas 3.13) por causa dos nossos incontáveis pecados. Jesus afirma: Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida (João 5.24).

Se você tem sido atencioso a estas singelas reflexões, então tem desenvolvido seu conhecimento sobre este verdadeiro santo de nome Jesus e as Escrituras Sagradas. Meu desejo e oração é que, no final das reflexões, você possa dizer usufrui das promessas de Jesus, porque aprendeu com Ele e aceitou com fé a verdade bíblica, que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu singular Filho para que, todo que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna (João 3.16).

UMA ORAÇÃO:

“Senhor Deus, tenho entendido quem é Jesus, mas ainda estou incerto quanto ao meu envolvimento nesta história. Dá-me entendimento, por favor. Amém.”

  1. Esta interpretação tem como suporte Lucas 1.49
  2. Esta interpretação tem como base Lucas 2.23.

Este texto é Capítulo 3 do devocional “O Natal Verdadeiro – 12 Reflexões Bíblicas e Natalinas segundo o evangelho de Lucas“, criado por Thiago Zambelli, e publicado originalmente em www.nataldeverdade.com.br. Compartilhado com a devida autorização do autor.

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